Jornada nas Estrelas: Discovery – Terceira Temporada – Episódio 2
Um testemunho de como Jornada nas Estrelas foi construído com histórias coletiva; neste capítulo, acompanhamos como se deu a chegada do resto da tripulação da Discovery ao futuro, independente da Michael, o que deu um fôlego maior tanto à trama quanto ao seriado.
Elegendo os protagonistas mais óbvios (Saru, Tilly e Georgiou), mesmo assim o capítulo foi bem competente em dar espaço de tela para vários dos tripulantes da nave, como Nhan, que havia até esquecido que estava por lá, Stamets, Culber e Reno. Esta última (a engenheira ranzinza) ainda custo a entender muito bem a função além de dar algumas tiradinhas e fazer Stamets de bobo, foi o ponto baixo do capítulo, novamente o alívio cômico não funciona.
Explorando mais do que está se passando no final do século XXXII, não sei se foi mais boa vontade da minha parte pelo fato de ser um capítulo mais “clássico” contando com uma tripulação ou foi um explicação mais competente, a trama dos combustíveis e contrabandistas ficou mais clara com menos diálogos expositivos. Estes transportadores são um cartel que está monopolizando o uso do dilítio, portanto, os únicos capazes de viajar em dobra; controlando todo o comércio do futuro.
Gostei muito do vilão principal, diferentemente do capítulo anterior dominado por “inimigos trapalhões”, desta vez o contrabandista é muito inteligente e conseguiu entender rapidamente a situação em que se encontrava. A derrota dele, esperada, claro, ainda teve energia justamente por isso.
Aparente ausência de governos e autoridades estabelecidas faz com que esta temporada esteja com cara de rumar a um Space-Western, o que ficou explícito na construção do cenário principal do episódio, o Saloon onde se desenrola a tensão. Em vários detalhes há lembranças do Faroeste, desde as portinholas de entrada no bar, das botas do vilão ao personagem limpando os copos sem motivo aparente.
Eu particularmente acho uma abordagem interessante, e inédita como um arco maior em Jornada nas Estrelas por vários motivos: desde a ausência da Federação até que, pela primeira vez, a galáxia está povoada por pessoas que não podem, justamente, viajar pelas estrelas.
Bom (3,5/5)
Sem a protagonista, capítulo foi competente em dar espaço aos demais tripulantes da nave e, sendo menos expositivo, conseguiu apresentar melhor os problemas que serão enfrentados neste mundo desconhecido e abre portas para uma abordagem inédita na série.
Mais um recorde: ao final do episódio, descobrimos que um ano se passou desde o capítulo anterior, colocando Longe de Casa como os acontecimentos mais longínquos no futuro em Jornada nas Estrelas, se passando em 3189.
Coridanites: esta foi a terceira aparição em tela desta espécie. Tiveram sua estréia no capítulo “Sombras de P’Jem”, da primeira temporada de Enterprise, eles são nativos do planeta disputado por Andoria e Vulcano, Coridan. No final da mesma série, há a aparição de um único coridano, um diplomata, com uma aparência bem diferente. Discovery adotou a aparência original; um livro lançado em 2007 explica a aparência diferente como uma maquiagem e trajes especiais, de caráter diplomático.
Jornada nas Estrelas: Discovery – Terceira temporada
Caravela Espacial 
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