O Boto do Reno


O boto do Reno: as histórias de um repórter de fórmula 1 pelo mundo – Flávio Gomes

Data de Lançamento: 2005 – Minha Edição: 2005 – 304 páginas


Poucas profissões fazem uma pessoa viajar tanto quanto um repórter da Fórmula 1, ou pelo menos, fazia antes das muitas facilidades das transmissões atuais. Neste livro, Flávio Gomes – repórter que cobriu a categoria in loco por quase 20 anos para a Folha de S. Paulo e a Jovem Pan – publica suas crônicas de viagens motivadas pela cobertura da categoria.

É realmente um livro de crônicas de viagens, pouco é o espaço para histórias da F1.

Ainda assim, sempre presente o interesse pelo automobilismo, aliás, é a principal característica do livro, é extremamente pessoal. Praticamente dá para ouvir a voz dele ao ler os textos. Eu já o acompanho a muitos anos e era bem familiarizado e gostei, mas é uma leitura bem seletiva; tem que haver sintonia com o autor.

Não é o caso de compartilhar de todos, mas é preciso pelo menos conhecer desde seus interesses e hobbies, passando pelo tipo de humor, que não está longe de ser ofensivo, mas tem suas peculiaridades, indo até a visão política – de esquerda.

Mas as crônicas são realmente fantásticas pela multiplicidade de destinos motivados pela Fórmula 1 e as anedotas, tanto da categoria, quanto das mudanças do jornalismo naqueles anos.

Bom (3/5)

Um livro extremamente pessoal. com o um espaço reduzido para histórias da fórmula 1, o autor conta mais de aventuras e experiências de viagens com um estilo muito próprio, é possível quase ouvir a voz dele ao ler os textos.

Autódromo de Aida: é uma das primeiras crônicas, mas uma das mais divertidas, contando sobre a cobertura do GP do Pacífico. Essa corrida diferente foi disputada apenas nas temporadas de 1994 e 1995, em um circuito longínquo no meio do nada, nas montanhas da província de Okayama, no Japão.

Foi construído por um bilhonário japonês onde havia antes um campo de golfe. Segundo o autor, no Japão, não há nada de maior ostentação que desperdiçar grandes terrenos. Mal sabia o ricaço que ele, e o Japão, seriam alvos de seu humor ácido.

Morte de Senna: a crônica mais longa é a última, destinada a contar como foi a cobertura do acidente fatal de Ayrton Senna, realizada por ele que estava no autódromo de Ímola.


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Publicado por Lucas Palma

Paulistano, desde que me lembro por gente fascinado pelas possibilidades do futuro, em games, filmes e seriados, herança paterna e materna. Para surpresa geral, ao final da juventude descobri fascínio também justamente pelo oposto, me graduando e mestrando em História, pela Universidade Federal de São Paulo. Sou autor de Palavras de Revolução e Guerra: Discursos da Imprensa Paulista em 1932.

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