Arquivo X – 3ª Temporada (Episódios)

Arquivo X – Terceira Temporada


S03E01: O Caminho da Bênção – Resolvendo parcialmente o gancho deixado na temporada anterior, este acaba sendo o episódio mais fraquinho desta trilogia. Acompanhamos Scully, Skinner e o Sindicato em um jogo de gato e rato para recuperar os arquivos secretos MJ. O que é bem interessante, especialmente por vermos os papéis trocados, desta vez não é Mulder, mas ela que está de posse de provas conspiracionistas e se coloca na linha de frente.

Por outro lado, também ficamos assistindo a luta de seu parceiro por sua vida em um ritual indígena, que dá a oportunidade dele de conversar com personagens já falecidos. O que se é intrigante por um lado – e eles acabam revelando coisas sobre a trama – por outro é uma coleção de clichês baratos de filosofia de auto ajuda, numa narração em off de terceiros que raríssimas vezes aparece no seriado.

Avaliação: 3 de 5.

Bom (3/5)


S03E02: Clipe de Papel – Em um grande salto após um episódio morno, chegamos a um dos melhores de Arquivo X, com o reencontro de Mulder e Scully; os dois passam a ir atrás deste novo grupo de vilões que emergiu com a morte de Bill Mulder – que, descobrimos, fez parte da patota. Mais uma vez com maestria, misturando dados e conspirações reais, como a Operação Paperclip, com o arco ficcional da série, somos levados a uma trama muito interessante.

Além disso, as implicações pessoais que os agentes passam a enfrentar agora intrincadas com o enredo principal aqui estão no auge, quando descobrimos parte das motivações do desaparecimento de Samantha. Da mesma forma, a decisão final tomada por eles sobre seguir em frente com uma coisa ou outra, foi um dos momentos mais marcantes e que sentimos com eles, seu desespero.

Ainda, o destaque para um dos cenários mais legais de toda a série; os arquivos dentro de uma mina abandonada.

Avaliação: 5 de 5.

Excelente (5/5)


S03E03: D.P.O. – Em termos de argumento um dos episódios menos interessantes de Arquivo X, um rapaz consegue ter poderes elétricos após ser atingido por um raio. Teria tudo para ser um episódio bem bobinho, entretanto, ele acaba se destacando pela performance dos dois antagonistas principais, interpretados por Jack Back e Giovanni Riblisi.

Pesando a mão na estética e na temática white trash (americanos brancos pobres), somos levados, em contrapartida, a um mundo relativamente sombrio, sem perspectiva cujo personagem principal não tem a menor ambição ou objetivos de vida mesmo tendo grandes poderes paranormais.

Avaliação: 3 de 5.

Bom (3/5)

Curiosamente, este foi o primeiro episódio que vi de Arquivo X, lá nos idos dos anos 90. Achei bem legal e até assustador pela natureza psicopata do antagonista, mas nada demais em termos de paranormalidade. Quando vi um outro capítulo semanas depois já era uma pegada completamente diferente, que só me lembro de ter desistido de assistir.


S03E04: Repouso Final de Clyde Bruckman – Em um dos episódios mais aclamados do seriado, que rendeu os dois principais prêmios de Arquivo X, o Emmy de melhor roteiro e de melhor ator convidado, os agentes estão atrás de um serial killer e a polícia local quer utilizar a ajuda de videntes para solucionar o crime, e acabam, por um acaso, tropeçando em um rabugento paranormal.

Focado mais no drama do personagem do título, é tudo muito tocante e também com humor negro, para os padrões do seriado, num raro equilíbrio que consegue-se alcançar aqui. Merece todos os prêmios. Entretanto, fez falta mais uns minutinhos de tela para que tivéssemos mais tempo de digerir a morte de um personagem, que acaba sendo representada de forma súbita.

Avaliação: 5 de 5.

Excelente (5/5)


S03E05: A Lista – Não é dos enredos mais inspirados, um presidiário promete se vingar de pessoas que o colocaram naquela posição após ser executado na cadeira elétrica – os produtores de Arquivo X assistiram À Viagem? Entretanto, grandes atuações de todos os atores de personagens extra garantem que o episódio não fique num limbo.

O roteiro também consegue ser bem construído de forma a fazer você se perguntar o tempo todo quais as próximas vítimas, o que é positivo pra qualquer suspense. Entretanto, a falta de originalidade geral do capítulo e do argumento puxam pra baixo.

Avaliação: 3 de 5.

Bom (3/5)


S03E06: Tímido Demais – Corpos de mulheres são encontrados em um estado gosmento e sem nenhuma gordura corporal; como sempre Mulder consegue estabelecer a conexão entre vários casos soltos de diferentes locais dos Estados Unidos e decide investigar. O ponto positivo do episódio, logo de cara, é o fator de nojeira envolvida, desde a primeira cena.

Mas tirando isso, não é nada muito original. Há ainda sinais de grande datação devido ao uso da tecnologia para encontros amorosos e correspondência – claro que tudo pode ser facilmente transplantado para formatos atuais; as temáticas ainda existem. Embora o vilão não chegue a ser formuláico, não é desenvolvido o suficiente – investem tanto em estabelecer erudição dele para nada, o que frustra ao final.

Avaliação: 2.5 de 5.

Mediano (2,5/5)


S03E07: A Caminhada – Um veterano de guerra, preso em um hospital dedicado a esse tipo de paciente, tenta se suicidar repetidamente, mas ações paranormais o impedem de concretizar sua morte. Este argumento por si só seria muito interessante, entretanto, ele passa a ser explicado a partir de outro, menos intrigante, que envolve projeção astral.

Essas duas coisas não conversam bem ao longo de todo o capítulo. De forma que também todo mundo lida muito mal com os problemas psicológicos levantados; suicídio, depressão, culpa do sobrevivente, perda de membros, deficiência física… ao final o resultado é bem fraco.

Avaliação: 1.5 de 5.

Ruim (1,5/5)


S03E08: Masmorra – Alguns capítulos têm uma sincronia perfeita entre direção e roteiro, resultando numa abordagem extremamente sensível e é este o caso aqui; quando uma adolescente é sequestrada por um maníaco sexual, uma outra mulher, que aparentemente não a conhece, acaba sofrendo ferimentos relacionados às agressões da jovem.

É tudo muito bem feito aqui, os diálogos são excelentes, o argumento, as cenas. É um capítulo que equivale sem embargos a um filme, um daqueles que você ficará pensando por vários dias, especialmente com o final dramático. Há críticas a atuação da atriz de Lucy, meio catatônica, sem reação, mas acabou funcionando bem.

Avaliação: 5 de 5.

Excelente (5/5)


S03E09: Japoneses – Desde o começo dessa temporada, a conspiração sobre os extra-terrestres passa a ser retratada como algo internacional, e agora finalmente temos essa face aparecendo nos episódios. Mulder recebe uma fita contendo uma suposta autópsia alienígena e, de repente, isso desencadeia uma série de problemas diplomáticos já que os envolvidos eram estrangeiros.

Aumentando sensivelmente o escopo do arco principal da série, o episódio nesta primeira parte é capaz de equilibrar bem uma trama complexa e sombria com um ritmo de ação e tensão. O destaque são as conexões feitas da trama ficcional do seriado (a abdução de Scully) com objetos históricos (o campo 731), numa receita perfeita de Arquivo X.

Avaliação: 5 de 5.

Excelente (5/5)


S03E10: 731 – Mantendo o mesmo nível que o anterior, esta seqüência direta acaba sendo mais focada em um formato de ação, com as aventuras de Mulder dentro do trem que transporta aquele ser vivo não identificado. Com eventuais participações de Scully “esclarecendo” certas coisas.

Esclarecendo entre aspas porque aqui acredito que o roteiro acabou voltando aos primeiros episódios do arco principal, abusando das lacunas e dos tons conspiracionistas. Ainda que tenha sido muito legal ver o “ancião” do Sindicato dando as caras para Scully, no final essa opção por parcelar a explicação em dois núcleos diferentes, falando duas versões, ainda que saibamos ao menos qual é a falsa, já que uma vêm dos vilões, pediria alguma resolução mais clara. Essa confusão acaba nublando as memórias de quem assistiu, eu mesmo ao revisar o texto, uns 2 ou 3 meses depois, já m esqueci exatamente o foi revelado aqui, porque provavelmente não foi muito.

Avaliação: 4 de 5.

Muito Bom (4/5)


S03E11: Revelações – Estigmas, como conceito religioso, são manifestações físicas das feridas de Cristo na cruz em pessoas aparentemente comuns. Essas experiências foram encaradas ao longo da história como provas de santidade. E neste capítulo de Arquivo X, um assassino percorre o mundo atrás de pessoas com essas manifestações.

Uma tentativa de encaixar minimamente a mitologia cristã dentro do universo do seriado, ele tem seus bons e maus momentos. Como em um episódio de temática similar da temporada anterior – A mão que fere – os roteiristas não podem ir afundo nos conceitos e motivações dos personagens para evitar polêmicas maiores que as permitidas pelas convenções sociais, então mesmo tudo fazendo sentido (digo que que nada é contraditório, apenas um pouco aleatório) falta um pouco mais lógica e explicação.

Entretanto, é um episódio bem comovente em seu próprio enredo como também da perspectiva de Scully, confrontada com sua fé católica.

Avaliação: 3 de 5.

Bom (3/5)


S03E12: Guerra dos Cropófagos – BARATAS ASSASSINAS. É uma boa sinopse deste capítulo marcante pelo seu tom cômico. Mulder, por acaso, decide relaxar numa cidade onde houve recentemente um aparecimento de OVNIs mas acaba tropeçando num lugar onde uma série de mortes está sendo associada aos insetos.

Surpreendentemente bem amarradinho, o capítulo consegue explicar seu argumento através de uma espécie de tautologia, seríamos cobaias de algo que poderíamos fazer no futuro. Devido ao absurdo que se desenrola no roteiro, a opção por exaltar a comédia funcionou muito bem e provavelmente é um dos episódios mais engraçados da série (e que causa mais aflição ao assistir). Entretanto, mesmo dento dos parâmetros absurdos da estória, sua conclusão ficou súbita; porque aquela explosão resolveu o problema?

Avaliação: 4 de 5.

Muito Bom (4/5)


S03E13: Sizígia – É difícil apontar quando alguma produção é pretensiosa no humor, especialmente exibido em seguida a um tão bem sucedido nesse aspecto. Mortes estranhas acontecem numa cidadezinha e boatos sobre um culto satânico ser responsável por elas chama a atenção dos agentes, e tudo parece apontar para duas adolescentes.

O capítulo fica um pouco perdido entre um tom cômico e um tom de terror pela sua premissa; no teaser parece estar afinado, quando uma esquete sobre a virgindade de algumas personagens leva a mortes. Entretanto, quando aplicam comportamentos estranhos aos protagonistas, ao mudar tão rápido do humor adolescente para o adulto, perderam a mão. No que se refere ao argumento, outra decepção, quando a resolução do mistério é externa aos agentes, alguém que acaba entregando a resposta para eles. Embora a cena final da delegacia tenha sido muito boa.

Avaliação: 1 de 5.

Muito Ruim (1/5)


S03E14: Grotesco – Em um dos capítulos mais focados no psicológico dos protagonistas de toda a série, acompanhamos Mulder perdendo a cabeça gradualmente quando se defronta com a prisão de um serial killer que alega ter sido possuído por um demônio.

O episódio, um dos mais assustadores do seriado, apesar do argumento bem interessante, assim como a boa centralidade da figura do gárgula, acaba tendo uma execução um pouco súbita demais (Mulder se torna muito obcecado muito rápido, por exemplo) e confusa (mudanças de localidade dos personagens ou o destino de uma certa arma) – além da confusão intencional que uma história dessa natureza costuma despertar, claro. Com alguns pontos em aberto, como as motivações dos assassinos, 40 minutos era pouco tempo para uma estória tão ambiciosa.

Avaliação: 3.5 de 5.

Bom (3,5/5)


S03E15: Piper Maru – Durante uma operação de resgate de destroços submarinos, um grupo de marinheiros franceses acaba encontrando um avião da segunda guerra mundial, mas eles são expostos a alguma coisa inexplicável. Sobra, como sempre, para nossos agentes tentarem entender o que houve quando a maior parte da tripulação morre.

Ao introduzir um grande e temeroso vilão, ainda bem misterioso, este episódio se esforça para dar mais contornos internacionais à conspiração do arco principal, e aqui é muito competente. O mistério é bem instigante, com os flashbacks e viagens, e até o retorno de alguns antagonistas. Há espaço ainda para um desenvolvimento de personagem de Scully que é bem orgânico.

Algumas reviravoltas ao final, para acelerar e movimentar a trama, e gerar um quê de ação, acabam deixando os motivos do roteiro mal explicados. Toda a viagem a Hong-Kong me pareceu cair de paraquedas e com único motivo de criar “internacionalidade”, para dar ar de um filme de espiões.

Avaliação: 4.5 de 5.

Muito Bom (4,5/5)


S03E16: Apócrifo – Gostei demais desse capítulo, são vários os elementos interessantes que já começam com um flashback excepcional de vários personagens jovens e depois acompanham a busca por Krycek e o alienígena-do-óleo-negro. Menos focado na ação que o anterior, aqui o tempo de tela é dedicado a revelações e explicações.

Neste caso fico dividido, porque o roteiro abusa um pouco da face enigmática da série; ainda que todas as pontas soltas sejam amarradas de forma inteligente, muito disso é feito nas entrelinhas. Várias questões ficam apenas subentendidas. E, a trama da tentativa de assassinado do diretor Skinner, uma dessas coisas que não são explicadas diretamente, me pareceu algo pensado depois, apenas para justificar a reaparição de um matador.

De toda a forma, o capítulo começa e termina muito bem, com as cenas nos silos de mísseis sendo das mais marcantes de todo o seriado e compensam a confusão.

Avaliação: 5 de 5.

Excelente (5/5)


S03E17: Provocador – Os agentes enfrentam um jogo de gato-e-rato com um antagonista dos mais ameaçadores de Arquivo X, alguém capaz de induzir qualquer pessoa a fazer qualquer coisa em um episódio bem intenso, mesmo com um argumento pouco ambicioso para os padrões do seriado.

Apesar da explicação muito absurda para os poderes desempenhados pelo monstro daquela semana, todo o desenvolvimento a partir dele é bastante verossímil e não é difícil imaginar aquelas coisas todas acontecendo, uma vez aceitando que “O Instigador” é capaz de fazê-las. Da mesma forma, a reação de nossos heróis aos seus poderes rendem momentos dos mais bonitos entre os dois, especialmente nas seqüências finais.

A única coisa realmente que poderia ser desprezada, que ficou completamente avulsa, é toda a trama da filosofia oriental envolvida – samurais, ninjas e afins.

Avaliação: 4 de 5.

Muito Bom (4/5)


S03E18: Teso dos Bichos – Uma estória criada em cima de uma pilha de estereótipos preconceituosos: os indígenas místicos, sulamericanos, e a incapacidade de povos bárbaros, tal como os norte-americanos nos vêem, de preservar artefatos e a própria história – e até uma erva alucinógena entra na parada. Uma urna funerária é levada do Equador (que aqui está passando por uma inédita nevasca) para os EUA, e de repente todos os envolvidos vão desaparecendo um por um.

Mesmo se excluímos toda crítica acima relativa ao argumento, o roteiro e direção também são fracas. As motivações do monstro-da-semana eram coerentes mas começam a desandar ao longo do episódio, quando algumas pessoas, que teoricamente estão do seu lado também começam a ser mortas; e seus poderes não ficam claros, assim como a revelação final, se é que pode ser chamada assim, é ridícula – e rende uma cena de Scully lutando com um pet, que é uma das mais toscas de todo o seriado. O único mérito é da arte: o cenário do banheiro e o amontoado de corpos foram excelentes.

Avaliação: 1 de 5.

Muito Ruim (1/5)


S03E19: Dinheiro Infernal – Em um combo de capítulos baseados em estereótipos, agora os agentes tentam desvendar um assassinato muito misterioso em um bairro de colônia chinesa em São Francisco. Para variar, são retratados todos como místicos, fechados, e descrentes na sabedoria científica dos americanos. Ainda assim é uma postura menos ofensiva que a oferecida aos equatorianos.

Da mesma forma, o capítulo é, de fato, interessante e assustador. Contando com dois atores em início de carreira fazendo boas participações, BD Wong e Lucy Liu, tudo funciona bem, em um excelente equilíbrio de paranormalidade e questões terrenas de forma que a resolução, quando aparece, é satisfatória. Quase tudo se resolve independente dos protagonistas, o que nunca é legal, mas não compromete.

Avaliação: 3 de 5.

Bom (3/5)


S03E20: Do Espaço Sideral, de José Chung – Pouco depois Arquivo X consegue acertar novamente em um episódio cômico, que funciona como uma espécie de auto paródia. Um renomado escritor de Best Sellers, do qual Scully é muito fã, decide escrever um romance de não ficção baseado em um caso de abdução alienígena. Como parte da sua pesquisa, ele entrevista todos os envolvidos, das vítimas até os investigadores; Mulder e Scully.

Eu particularmente sou muito fã de meta-episódios, na falta de melhor expressão. Onde são os próprios personagens que vão narrando, conforme suas versões, os eventos e a estória de formando a partir dos relatos. Aqui é esse estilo em plena forma, balanceando bem o humor com o próprio mistério, que é razoável e tudo se conclui com alta qualidade, tanto no episódio quanto no meta-episódio.

Avaliação: 5 de 5.

Excelente (5/5)


S03E21: Avatar – O dia muito louco em que o Coronel Caldwell foi pra cama com Samantha Carter. O Diretor Skinner é acusado da morte de uma mulher que ele havia conhecido na mesma noite, e todas as evidências apontam diretamente que ele é o culpado.

Ainda que seja interessante ver um episódio dedicado a esse personagem secundário tão pouco explorado, não é lá grande coisa. Parece que o roteiro foi transformado no meio. Que, ao iniciar, queriam ir para um lado (a entidade que cometia os assassinatos) e acabaram indo para outro (a entidade tinha um outro papel) e, no final, exceto pela premissa geral em relação à perseguição do diretor, todas as conclusões ficam pela metade. Alguns elementos investigados não são explicados e as informações coletadas por Mulder não são utilizadas.

O que salvou – além de sustos competentes – foi realmente conhecer mais do passado de Skinner e a aparição relâmpago de um outro personagem secundário, dando uma gravidade aos eventos que eles não poderiam conquistar apenas pelos méritos do capítulo, especialmente as fracas implicações sobrenaturais.

Avaliação: 1.5 de 5.

Muito Ruim (1,5/5)


S03E22: Pântano – Mulder descobre sobre misteriosas desaparições nos entornos de um gigante lago no interior da Geórgia, arrastando Scully para investigar os sumiços. Apesar de uma cena muito agradável em que os dois agentes passam vários minutos de uma boa e sincera conversa, infelizmente há pouco para ver aqui – literalmente.

Mais uma vez usando a grande muleta dos filmes de monstro, de nunca mostrá-lo completamente – eles acabaram de fazer isso no pavoroso Teso dos Bichos – tudo fica pouco coerente quanto as explicações vão aparecendo. A relação com as rãs é muito pouco plausível, e a resolução final é, na realidade uma não-resolução.

Avaliação: 2 de 5.

Ruim (2/5)


S03E23: Grampeado – É um capítulo muito curioso porque sua premissa é apenas isso, uma premissa. O Argumento, na realidade, é mais relacionado com o desenvolvimento de personagem. Alguns assassinatos completamente inexplicáveis são cometidos e nossos agentes desconfiam que tem algo a ver com a televisão.

Felizmente o episódio é muito mais que essa teoria da conspiração noventista, que o dataria demais. Da metade para o final é que ele brilha, quando Mulder acaba ficando em um dilema e passamos a assistir as conseqüências de suas decisões, e um personagem recorrente rouba a cena nos instantes finais.

Avaliação: 3.5 de 5.

Bom (3,5/5)


S03E24: Talitha Cumi – Um misterioso homem se torna um verdadeiro anjo e salva de morte várias pessoas baleadas em um tiroteio. Após esse incidente se inicia uma caçada atrás dele por vários personagens – e além disso, de quebra, temos algumas informações do passado de Mulder e conexões com o Homem-que-fuma.

O capítulo todo é muito bom, do começo ao final. Com tensão, fantasia e ficção, com o ponto alto nos diálogos entre o Canceroso (Homem que Fuma) e Jeremiah Smith, sobre ciência, Deus e existência. Por outro lado, é mais dedicado a deixar perguntas em aberto do que responder minimamente alguma. E é competente nisso, sabendo articular bem a trama principal com a vida pessoal de Mulder.

Avaliação: 5 de 5.

Excelente (5/5)


Arquivo X – Terceira Temporada

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Publicado por Lucas Palma

Paulistano, desde que me lembro por gente fascinado pelas possibilidades do futuro, em games, filmes e seriados, herança paterna e materna. Para surpresa geral, ao final da juventude descobri fascínio também justamente pelo oposto, me graduando e mestrando em História, pela Universidade Federal de São Paulo. Sou autor de Palavras de Revolução e Guerra: Discursos da Imprensa Paulista em 1932.

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