O Choque de Civilizações

O Choque de Civilizações e a Recomposição da Ordem Mundial – Samuel Huntington

Tradução: M. H. C. Cortês – Editora Objetiva

Ano de Lançamento: 1996 – Minha Edição: 1996 – 455 páginas


Com o final da Guerra Fria, a interpretação inicial aos americanos foi a de Fim da História: a CNN chegou a decretar o início da Paz Mundial graças a capacidade de comunicação sem limites proporcionadas pelas emissoras do país. As pequenas escaramuças na península balcânica, no Cáucaso ou na Ásia central eram resquícios de um passado, uma adaptação daquelas sociedades à Democracia de Livre Mercado.

Claro que no resto do planeta, ninguém acreditava nisso, mas nos EUA (e em suas mídias) essa ideia apenas passou a ser questionada no debate público a partir do 11 de setembro. Para responder aquilo que foi percebido de imediato como um raio em céu azul, este livro, lançado alguns anos antes, se tornou a leitura de cabeceira todos os jornalistas, políticos e burocratas americanos. E, consequentemente, um dos textos mais influentes da história da humanidade, orientando parte da política externa do maior país do mundo.

A Guerra Fria foi um desvio

O centro da tese de Huntington é relativamente fácil de compreender (talvez por isso se popularizou tanto): com o final do conflito entre Socialismo e Capitalismo que caracterizou o século XX, as tensões internacionais seriam orientadas por diferenças culturais entre os países, organizados, por ele, em 9 civilizações diferentes, conforme o mapa abaixo. Observando, para melhor entendimento, que dependendo da metodologia de estudo social, civilização e cultura são encaradas como sinônimos.

As civilizações de Huntington: Azul – Ocidental, Ciano – Ortodoxa, Verde – Islâmica, Amarelo – Budista, Laranja – Hindu, Bege – Africana, Lilás – Latino americana, Vermelha – Sínica (chinesa ou “confuciana”) e Rosa – Japonesa.

Nesse sentido, o mundo a partir do novo século seria multipolar e multicivilizacional. Um contraste com o anterior, quando a bipolaridade – e aí a coisa fica mais complicada de entender – era a disputa entre duas ideologias ocidentais (capitalismo e socialismo), e um terceiro mundo orbitando nisso, tentando caminhar ora para um lado ora para outro, mas ambos caminhos ocidentais (europeus). Com final do bloco socialista, o segundo e terceiro mundos estariam livres para se desenvolver conforme seus parâmetros e vontades.

Apenas nessa formulação já é possível pegar o principal problema do estudo do americano. Vejamos. Quando ele deseja delimitar as características do ocidente como civilização, elas são as seguintes: o legado clássico (Grécia e Roma); Catolicismo e Protestantismo; Idiomas Europeus; Separação entre Estado e Igreja; Império da Lei (estado democrático de direito); Pluralismo Social (diferentes classes sociais); Corpos Representativos (instâncias para as diferentes classes disputarem o poder) e o Individualismo (burguês). Cada uma delas é problemática por si só, mas não vale a pena entrar em detalhes aqui. Ele, ao menos, aponta que é a combinação de todas essas características que criou o ocidente, e que elas podem ter aparecido em outras civilizações pontualmente.

O Fim da História e o último homem

Com o final da Guerra Fria, a história teria acabado: não há alternativa para o capitalismo, que seria o estado final do desenvolvimento humano. É o que defende Francis Fukuyama nessa obra que não se trata mais do que uma propaganda, com todos os jargões neoliberais.

O que ficou faltando nisso tudo? O capitalismo. A face econômica da civilização ocidental, digamos. Apenas em raríssimas exceções o autor menciona questões econômicas como motivadoras de conflitos e tensões internacionais, e normalmente falando apenas de “disputas comerciais”, que são a superfície de coisas muito mais complexas. Ele aponta em certo momento que a economia segue a cultura, o que corrobora uma impactante afirmação, a Guerra Fria teria sido um intervalo ou um desvio, algo efêmero, nas disputas milenares entre a Cristandade e o Islamismo, ou entre islamismo e budismo. “A História de todas as sociedades até hoje existentes é a história da luta de civilizações“, seria uma boa paródia.

E se o problema da Guerra Fria era a disputa entre dois modelos ocidentais, como a hegemonia capitalista (a vitória de um dos modelos ocidentais) abriria caminho para a diversificação do desenvolvimento civilizacional do resto do planeta?

Para contornar esse óbvio problema, embora ele não enfrente isso diretamente, Huntington aponta que a “modernização” é buscada por todas as civilizações e não necessariamente ocidentalização e modernização são sinônimos – pode até ter sido, ele aponta alguns exemplos, mas hoje não mais seria o caso. Agora o que é exatamente essa modernização, só Deus sabe. O pouco que ele dedica a explicar segue num caminho de “modernização técnica” – que aí incluiria a economia de mercado. Embora, novamente, ele não enfrente esse problema diretamente, apenas encara a economia capitalista como algo natural e comum a todas as civilizações a ponto de sequer colocar ela em qualquer equação de sua teoria.

Nesse sentido, a questão econômica estaria mais ou menos resolvida na política internacional. Ele aponta que a participação do PIB ocidental (EUA + União Europeia de então) vem diminuindo na média global, dando lugar a um crescimento especialmente das civilizações orientais. O que se seguiria seria uma disputa de mercado onde cada cultura, apoiando-se em seus países afins, usaria suas características mais fortes para produzir cada vez mais riqueza.

Essa seria a tendência do futuro; sociedades cada vez mais regionalizadas (mas centralizadas nas 9 civilizações levantadas por ele) e menos integradas de pontos de vista culturais. Inclusive levando a “retrocessos”. Uma diminuição de estados laicos, notadamente no mundo islâmico, segundo ele, é uma rejeição ou afastamento de ideais ocidentais – tendo em vista que ele aponta que a religião é a principal característica de uma civilização. A cooperação e o desenvolvimento material, social e cultural se dariam em verdadeiras “ilhas” culturais.

Ao rechaçar a ideia de uma civilização universal humana, de caráter ocidental, em construção a partir da globalização da década de 1990, o autor aponta falácias sobre isso – argumentos que são usados a favor de uma grande civilização mas que seriam falsos. Dentre as falácias, está o que ele chama de “Cultura de Davos“, em alusão ao Fórum Econômico Mundial, que se reúne na cidade suíça de Davos. Ele até reconhece que todas as instituições internacionais, e a maior parcela dos governos, forças armadas e empresas do mundo são comandadas por pessoas dessa “cultura de Davos”, mas quem realmente compartilha desses valores é uma parcela ínfima da humanidade, menos de 1% da população mundial; e, estando restritos às elites, não têm raízes em seus países de origem.

É para ficar sem palavras… o capitalismo só existe para as elites dirigentes. O fato que elas dirigem as sociedade é um mero detalhe; para nós não há impacto real nenhum.


O ocidente em perigo

A partir dessas premissas questionáveis, o autor cria uma série de regras e conceitos (alguns emprestados e adaptados) para as demais civilizações, e de como funcionariam as relações internacionais no século XXI, o tempo da retomada do Choque de Civilizações. Por exemplo, existiriam “guerras de linhas de fraturas” que se disporiam entre civilizações diferentes mas não entre os “estados-núcleos” dessas civilizações – as potências que lideram o bloco. As guerras na Iugoslávia seriam um caso desses. Lá estariam em guerra a civilização ocidental (através da Croácia), a ortodoxa (Sérvia) e Islâmica (Bósnia). A carnificina ocorreria enquanto os países afins se alinhavam com os seus representantes; a Europa Ocidental com os croatas, a Rússia com a sérvios e o mundo islâmico com a bosnos.

Há apenas, segundo ele, uma única exceção: o alinhamento dos EUA com a Bósnia, que lideraram o bombardeio aéreo da OTAN contra posições sérvias. Condição que autor explica como uma questão interna americana: devido a cobertura inicial da mídia, que divulgava massacres contra a população bosna, a “opinião pública” (que é encarado como algo quase que sobrenatural) pedia para o governo americano se alinhar com o “bem” naquele tão cruel conflito (sim, é essa palavra que ele usa).

Nesses casos, Estados próximos da mesma civilização apoiam diretamente os Estados em conflito, e os Estados Núcleos daquela civilização ao mesmo tempo que apoiam seus irmãos mais fracos, fazem pressão para que eles cessem as agressividades – usando então aquela guerra para negociar com o Estado Núcleo da civilização adversária.

Esses núcleos seriam a Rússia para a civilização Ortodoxa; a China para para a Chinesa; a Índia para a Hindu; no Ocidente seria os EUA e a União Europeia, que seria um Estado Núcleo único, dividido entre Alemanha e França (e o Reino Unido, por fora); o Japão é uma civilização e um Estado Núcleo. Enquanto isso, o Islã seria instável por não achar um Estado Núcleo (a disputa seria entre Irã, Turquia e Paquistão); América Latina em uma condição parecida entre Brasil, Argentina e México, não cresce por não resolver essa disputa; a África do Sul teria esse anseio em seu continente após o fim do Apartheid e deixar de ser ocidental; e a budista ele aparentemente esqueceu de abordar. Como é possível perceber, não há exatamente muito critério para esse conceito: ele apenas pegou as principais potencias regionais e suas esferas de influência, e adaptou às civilizações que ele bolou; quando é simples ele acha o estado núcleo, quando não é, ele diz que está em disputa (ou sequer aborda).

É possível perceber nesse parágrafo acima também que há alguns grandes pontos cegos dentre as civilizações: a latinoamericana, a africana e a budista, são citadas muito esporadicamente (essa última, eu realmente tinha me esquecido que existia ao ler). O espaço e a atenção são dedicados realmente à China, à Rússia, aos países islâmicos e ao Japão, em menor grau. Acredito que para bom entendedor a coisa já está se delimitando bem; quem esses quatro atores da geopolítica mundial têm como rival?

Não demora muito para o livro se transformar numa análise da ameaça aos Estados Unidos após o final da Guerra Fria. O autor aponta várias vezes que os EUA precisam deixar rolar esse mundo ser multipolar, evitar intervenções, e deixar as civilizações se desenvolverem internamente. Entretanto, ele avisa: essas demais culturas se voltarão contra o ocidente. Devido ao histórico imperialismo americano e europeu, com influência econômica e cultural desses países no resto do planeta, o desenvolvimento desses identidades civilizacionais inevitavelmente teria um forte componente antiocidental – agravado pela imigração (que, surpreendentemente, ele dedica pouco tempo).

Ele alerta que a chave para a sobrevivência do Ocidente reside, então, no fortalecimento do seu “estado-núcleo”, os Estados Unidos. Sem os EUA, a Europa Ocidental não teria força para resistir ao avanço Ortodoxo, Chinês e, especialmente islâmico – uma civilização de “fronteiras ensangüentadas“, ele aponta. Inclusive, há uma denuncia como a Austrália estaria num movimento de se tornar uma “sociedade asiática” e abandonar a cultura ocidental – o mais curioso é não existe, dentro dos parâmetros dele próprio, a civilização “asiática” genérica se você voltar ao mapa acima. Ou seja, a mensagem é que o Ocidente está em perigo, todos querem pular do barco.

Apenas a América pode salvar a civilização ocidental, e como isso seria feito é a conclusão da obra. É necessário expandir a OTAN; coordenar as políticas entre os Estados Ocidentais; impedir o Japão de estreitar laços com a China; garantir que a América Latina seja completamente integrada ao ocidente; negociar com a Rússia; impedir o desenvolvimento militar do Islã e de China e, especialmente, fortalecer os valores da identidade ocidental que a fazem única e “motivo de inveja“, tais como o Império da Lei e o Cristianismo, por exemplo. De forma a impedir que os Estados Unidos (e a Europa) se tornem multiculturais, e, assim, frágeis à ameaça externa.

Alguém ai precisando de um manual neocon?

Muito Ruim (1/5)

Apesar de se propor a fazer uma grande análise da humanidade e da geopolítica mundial como um todo; o livro não passa de uma análise de eventuais ameaças aos estados unidos no século xxi e um manifesto neo (ou paleo) conservador com graves problemas metodológicos ao confudir os conceitos de estado, nação, governo, classes, etnia e população.

América Latina – Quando ele delimita as civilizações, o grande ponto cego é justamente o nosso continente (já que a africana e a “Budista” são praticamente ignoradas). Dedicando muito espaço para o Oriente Médio, Leste Europeu e Extremo Oriente, que são os principais rivais do EUA no novo século, não há atenção para o hemisfério sul no geral. Nossas principais características teriam a ver com um predomínio do catolicismo (não teríamos colhidos os benefícios da reforma protestante) e uma tradição autoritária.

Claro que o fato de justamente os EUA criaram e patrocinaram essa cultura autoritária é convenientemente esquecido – assim como no ridículo Como as Democracias Morrem.

Como as democracias morrem

Contrabandeado como uma grande análise, é uma baboseira do início ao fim: as respostas que eles apresentam deveriam ser a partida da análise, para ir mais a fundo ou desconstruí-las. Ao contrário, o livro apenas endossa as explicações mais superficiais possíveis para a crise política mundial.

Estados, classes dirigentes, políticos, população – para mim, o principal problema metodológico da tese é que o autor não tem cuidado algum em diferenciar nenhuma dessas categorias. Ao citar um discurso de um primeiro-ministro australiano que defendia a entrada do país num acordo comercial com países asiáticos; é prova de que “a Austrália” está querendo se tornar um país asiático, por exemplo. Não é aquele ministro, ou seu partido, ou o grupo social que é a base daquele grupo político é “o país”.

Isso ocorre no texto inteiro; os países são sinônimos tanto do governo em questão, quanto da população, ou do Estado. Como se não existissem diferentes grupos políticos, sociais e econômicos dentro dos países, cada um com interesses e políticas próprias.

Consumo e Hollywood – e provavelmente a pior e mais errada análise do Huntington é quando ele diz que, das características que são apontadas como indícios de uma civilização universal de características ocidentais, a mais irrelevante é a disseminação do consumo e cultura de massa globalmente. Eles “pegam” no estrangeiro porque são exóticos. Isso não seria novidade: em séculos passados haviam admiradores do hinduísmo ou budismo no ocidente; não haveria nada de novo nesse fenômeno de globalização cultural e de consumo, é um comportamento individual de cada pessoa que gosta ou não desses conteúdos ou objetos.

O autor diz ainda que com a distribuição das tecnologias de transmissão, a tendência seria o fim do domínio das emissoras ocidentais e um crescimento de TVs, estúdios, jornais, mídias cada vez mais regionalizadas.

É tanta coisa errada que nem tenho como começar, seria uma outra resenha separada; mas além da análise fuleira da importância desse fenômenos, a previsão não poderia estar mais errada nesta década de 20, de hegemonia de Disney, MCU, Netflix, Amazon,HBO….

Sobre esse tema, um excelente livro que vai numa direção completamente oposta é este aqui:

No espelho do terror

O terrorismo é um fenômeno antigo, mas nos últimos anos adquiriu novas características. Ao invés de ataques à políticos ou instituições, os terroristas passaram a se focar no que fosse causar maior escândalo midiático. Por que? A moda por um tempo foi acreditar no “choque de civilizações”, mas neste livro, a resposta é exatamente a…

Ressurgimento Islâmico e a Revanche de Deus – Um dos principais conceitos apresentados por Huntington é este. No geral, ele acredita que há uma “revanche de Deus” operando em várias civilizações, inclusive no ocidente, onde os valores religiosos estão rejuvenescendo após um declínio contínuo desde o século XIX. Isso seria um sintoma do Choque de Civilizações; a religião é a principal característica de uma civilização, de acordo com o autor. Sendo assim, quando uma cultura se vê confrontada com a outra, a mais importante face de sua identidade precisa ser fortalecida.

Após o colonialismo europeu e as revoluções socialistas terem atacado as religiões locais; elas retornam com força para se opor às civilizações estrangeiras. E a maior força é a religião muçulmana; a partir da Revolução Iraniana, o mundo árabe se inspira nela para ganhar força. Isso teria acontecido, por exemplo, na resistência à ocupação soviética do Afeganistão (um importante marco do Choque de Civilizações sobrepondo a Guerra Fria, pois os Talibãs não se aliaram aos EUA posteriormente). Ou ainda em países laicos, como Turquia e Paquistão, retornando a valores religiosos na condução da política nacional.

Eu até acho que ele identificou muito bem isso, especialmente no Afeganistão e até fala da onda neopentecostal na América Latina; entretanto, para além de notar esses eventos, o resto é uma coisa pior que a outra.

Ele diz em vários momentos, que a força desses movimentos religiosos se dá na ausência do Estado em serviços públicos no aumento generalizado do desemprego. Entretanto, tira da equação que o fim do Socialismo varreu essa estrutura social do antigo bloco oriental e essa decadência (ou mesmo aborto) do Estado de Bem Estar Social foi causada justamente pelo neo-liberalismo, pela hegemonia do Ocidente ao final da Guerra Fria.

Demografia – Outro ponto interessante do livro é notar a correlação entre revoltas e explosões demográficas. Quando há bolsões de jovens (quando pessoas entre 15 e 24 correspondem a mais de 20% da população) há uma alarmante número de explosões sociais. Segundo ele, em busca de emprego, as migrações aumentam de tamanho e centros urbanos podem ficar desbalanceados na relação entre minorias, tanto no destino quanto na origem.

Por exemplo, falta de emprego no Kosovo (islâmico) leva os jovens de lá para a Sérvia (ortodoxa), mais industrializada; na Sérvia, a proporção de muçulmanos aumenta e causa tensão civilizacional em seus centros urbanos, com uma minoria cada vez mais numerosa exigindo direitos. Enquanto o Kosovo, esvaziado, tende a ficar com uma população mais identificada com o local, se tornando muito próxima do absoluto a fatia muçulmana da região, gerando um desejo de expulsão das minorias cada vez menos expressivas.

Ele não está errado, e é uma correlação extremamente interessante. Mas isso é um um sintoma de outros problemas, não uma questão por si só. Especialmente se falarmos de antigas repúblicas socialistas – como a Iugoslávia (exemplo do próprio) – onde havia política deliberada de pleno emprego; foi a abertura econômica (a vitória ocidental) dos anos 80 que gerou o desemprego nessas regiões. Mas mesmo em países da periferia são crises ou opções de desenvolvimento que geram ondas migratórias, não é um “fenômeno da natureza”.

Grécia – Para o autor, as seguidas crises políticas e econômicas gregas tem uma explicação clara: o país não faz parte do Ocidente. Ela seria um componente da civilização ortodoxa. Sendo assim, ao incluí-la na União Européia e na OTAN, o Ocidente está apenas dificultando as coisas e aumentando as crises, pois o país tenta se desenvolver num caminho que não é o seu.


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Publicado por Lucas Palma

Paulistano, desde que me lembro por gente fascinado pelas possibilidades do futuro, em games, filmes e seriados, herança paterna e materna. Para surpresa geral, ao final da juventude descobri fascínio também justamente pelo oposto, me graduando e mestrando em História, pela Universidade Federal de São Paulo. Sou autor de Palavras de Revolução e Guerra: Discursos da Imprensa Paulista em 1932.

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