Crítica do Programa de Gotha (e documentos complementares) – Karl Marx (e Frederich Engels)
Tradução: Rubens Enderle – Editora: Boitempo
Data de Lançamento: 1891 (escrito: 1875) – Minha Edição: 2012 – 140 páginas.
O Partido Social Democrata Alemão, o SPD, é um dos partidos de esquerda mais bem sucedidos do mundo. Seu nascimento ocorreu em 1875, no Congresso de Gotha. Naquela cidade alemã, a Associação Geral dos Trabalhadores Alemães (ADAV), se fundiu com Partido Social-Democrata dos Trabalhadores (SDAP). A partir de então se tornou o partido socialista mais influente no mundo até à União Soviética, e, após às Revoluções Russa e Alemã, ocorridas em 1917 e 18, se tornou reformista mas ainda não perdeu sua importância, passando a ser a grande referência do que entendemos, até hoje, como Social Democracia.
Para quem não é tão íntimo da tradição Marxista, apesar do destino que o SPD tomou após a Revolução Alemã, o partido foi o grande legado de Marx e Engels na atuação política, para além de seus textos (que, aliás, foram doados ao SPD após a morte de ambos). Eles participaram ativamente em sua formação e em seus anos iniciais; e um dos momentos mais decisivos foi exatamente o Congresso de Gotha.
Naquela oportunidade, o SDAP, fundado em 1869 no Congresso de Eisenach, teve seu programa redigido sobre influência direta de Marx e Engels, e seus membros em Gotha eram chamados de eisnachianos; enquanto isso, a ADAV era composta de lassalianos, em referência Ferdinand Lassalle, que, apesar de já falecido, se tornou o grande teórico daqueles militantes.
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